sábado, 18 de janeiro de 2014

PERDIDA

Perdi-me enquanto estive sozinha
Durante alguns meses de insatisfação
Por descuido tornei-me instintiva
Deixei desabrochar em mim a ilusão.


Não esqueço das palavras ardilosas
De quem vive a ludibriar os outros
Carrego em mim a culpa dolorosa
De ter acreditado num ser monstruoso.


Fui ingênua, eu sei, que decepção!
Tinha-me refugiado ao mundo ordinário
Os fatos quebraram minha intuição
E fizeram de mim um ser detestável.


Mas há de ter alguém entendido
Que acredite na minha declaração
De que às vezes errei sem desígnio
E com tudo garanti essa revelação:


Ser excêntrica não é minha pretensão
Apesar de uma vida simples e normal
Estou em harmonia com a introversão
Pois não me ajusto a esse cenário trivial.


Suzan Sioux
18/01/2014

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